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Missionariedade na Igreja de São Luís: sinodalidade


Entre os dias 7 e 10 de setembro, em Recife, Pernambuco, ocorrerá o quarto Congresso Missionário Nacional cujo objetivo é “impulsionar as igrejas no Brasil para um dinamismo de saída e caminhar juntos no testemunho da alegria do Evangelho, da comunhão e do profetismo, no compromisso com ‘as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo, dos pobres e de todos aqueles que sofrem”. Em nossa arquidiocese, em preparação para este congresso, foi organizado o Seminário sobre Missionariedade na Igreja de São Luís nos dias 21, 22 e 23 de julho na sede da Renovação Carismática Católica – RCC, no Angelim.

O fazer memória da caminhada missionária na Igreja de São Luís, o levantamento dos desafios da caminhada missionária, o aprofundamento no estudo dos fundamentos da missão, a verificação dos aspectos indicativos da vivência missionária no projeto de evangelização da Igreja local foram os pontos de maior destaque nos trabalhos dirigidos durante o seminário. É esperado, a partir daí, que sejam apontados os encaminhamentos necessários para o congresso nacional e, impulsionados pelas conclusões desses dois momentos, o seminário e o congresso, seguir rumo ao Simpósio sobre Missionariedade na Igreja do Maranhão previsto para o segundo semestre de 2018, que iluminará todo o projeto de evangelização no regional.

Na abertura do seminário, dia 21, sexta-feira, se faz destaque a três importantes falas. Dom José Belisário, arcebispo metropolitano, que se encarregou de fazer breve explanação da realidade da Igreja de São Luís. Padre João Maria Van Damme com a recuperação dos traços da caminhada missionária na arquidiocese metropolitana, e padre Crizantonio da Conceição que se empenhou no resgate histórico da trajetória de missão da Igreja de São Luís, de 1998 até os dias atuais, a partir dos planos de pastoral e diretrizes eleitas para gestão da vida pastoral-missionária da arquidiocese nos últimos anos.

Outros importantes nomes participaram do encontro como a irmã Concebida, os padres Flávio Lazzarin, José Ângelo Figueira e Jadson Borba que abordou significante tema, sinodalidade.

No encerramento dos trabalhos no dia 23, domingo, importante questionamento foi posto em discussão entre os presentes: “o que o seminário pede para a evangelização missionária nas paróquias, pastorais, movimentos, grupos e serviços, além do que já está firmado no plano arquidiocesano de pastoral? Importante discussão rendeu conclusões que estão sendo maturadas pela equipe de coordenação do seminário.

Segundo dom Esmeraldo, trinta e oito paróquias estiveram representadas, somando mais de setenta participantes entres leigos, padres, religiosos e diáconos. No seminário, o bispo auxiliar dom Esmeraldo fez importantes reflexões: a primeira delas é que, ao analisar a história de evangelização da Igreja de São Luís, se percebe que as comunidades da zona rural pouco tinham assistência dos padres, estando elas mais ligadas às sedes das paróquias nessas regiões, os leigos catequistas, as rezadeiras e os ministros ocupavam, assim, importante papel na evangelização do povo de Deus nessas localidades. A partir do Concílio Vaticano II, no Brasil e no Maranhão, sobretudo, as CEB’s ganham força e processo de evangelização com acento na Bíblia, na Palavra de Deus, ganha força nas comunidades.

Destacando a forte presença do leigo nessa realidade, dom Esmeraldo destacou a presença dos ministros nas celebrações da palavra, acabando com a triste realidades das muitas igrejas fechadas aos domingos. “Antes o missionário era aquele que vinha de fora, o estrangeiro, vinha para onde não havia a figura do padre local atuando, com o concílio a missão passou a ser sinal da presença de Deus, daquilo que Ele nos confia pelo batismo”, explicou. O bispo chamou atenção também para missão da Igreja na cidade, lugar de pluralidade e, também, desafiadora pela diversidade de realidades postas. Por isso, ressaltou ainda o bispo, que para a missão, seja no campo, seja na cidade, é preciso trabalho conjunto, portanto, sinodalidade palavra que, aliás, marcou o seminário como nos explicou dom Esmeraldo.


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