A Arquidiocese de São luís do Maranhão reuniu na tarde deste sábado (15), no Centro de Formação das Irmãs de São José e São Jacinto, bairo Filipinho, São Luís, um grupo formado por representantes de cada uma das 10 Foranias para um encontro que está sendo aplicado em cada uma das 12 dioceses do Regional Nordeste 5, com o objetivo de preparar o 5º Encontro da Igreja Católica na Amazônia (5º EICA).
O momento foi conduzido pelo padre Jadson Borba, coordenador da Ação Evangelizadora Missionária, presbítero que participou do IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia, evento que recordou os 50 anos do documento de Santarém. Além do padre Jadson, participou também da reunião, padre Everaldo Araújo, vigário geral da arquidiocese.
Dom Gilberto Pastana, arcebispo de São Luís do Maranhão, presidente do Regional Nordeste 5 e presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia (CEA), esteve com o grupo, onde falou sobre a realidade eclesial atual na Amazônia e motivou a participação dos fiéis nesse momento importante para a Igreja.
Sobre o exercício da escuta realizado com o grupo, dom Gilberto explicou que as 58 dioceses que estão dentro da Amazônia Legal e que integram os nove Regionais que compõem a Ceam da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins - também estão realizando esse processo, que tem como objetivo perceber o que do último encontro foi aplicado nas Igrejas Particulares.
Em nível de Regional Nordeste 5, todas as 12 dioceses já estão realizando esse momentos de escuta: "a síntese de tudo isso que foi discutido em nossas dioceses será o pano de fundo do nosso encontro", explicou dom Gilberto, referindo-se ao 5º Encontro da Igreja Católica na Amazônia.
Dom Gilberto ainda pontuou sobre os documentos produzidos pela Igreja, recordando o processo pelo qual passam: percepção da realidade, reflexão da Palavra de Deus e Escuta do Espírito Santo. Uma vez discutidas essas questãos dentro do 5º EICA, elas deve voltar para as paróquias em forma de documentos e orientações.
Por fim, o epíscopo deixou uma mensagem aos fiéis sobre esse momento:
"A primeira ação, sem dúvida, é cada fiel se sentir participante da comunidade, ou seja, pertencer. Esse critério da pertença é muito importante. Eu participo da comunidade, eu conheço a comunidade e a comunidade me conhece. Então é nesse sentimento de pertença que vamos caminhando juntos, que vamos juntando as nossas ideias, vamos ajustando essas ideias, para que elas sejam praticadas, sejam concretizadas. E essa concretização pessoal, individual, mas uma concretização comunitária, porque foi sentida junto, foi planejada junto e foi executada junto. Por isso, eu penso que é muito importante todos os fiéis, em primeiro lugar, se identifiquem com a sua comunidade, participem, façam parte, ajudem, seja um membro ativo, seja sujeito da sua vida, da sua comunidade, não seja um objeto. Não seja um objeto, mas seja um partcipante. Certamente, você vai crescer muito e a comunidade também crescerá", finalizou dom Gilberto sobre o encontro.
Perguntas norteadoras do exercício de escuta do grupo
Entre as perguntas feitas para os participantes estavam:
1. Como a Arquidiocese tem avançado ou que dificuldade (entraves - pressões) tem enfrentado na experiência da sinodalidade, principalmente:
1.1. No cuidado com as comunidades eclesiais, 1.1.1.na dinamização da ministerialidade
1.1.2. na participação das mulheres
1.2. Na formação dos discípulos missionários
1..3. Na defesa da vida dos povos da Amazônia e no cuidado da casa comum
1.4. Na evangelização das juventudes
2. O que o Espírito diz hoje à Igreja na Amazônia: Que situações novas estamos pecebendo que exigem uma particular atenção das Igrejas que estão naAmazônia?
As resposta do grupo serão organizadas em forma de síntese, similar ao que foi feito no Sínodo e uma vez organizadas serão encaminhadas pelo Regional Nordeste 5 à equipe de coordenação do 5º EICA.
Veja quem foram os participantes do encontro de cada Forania de nossa arquidiocese. Após o encontro de escuta, os representantes devem permanecer em um grupo de WhatsApp para fins de estabelecer futuros diálogos sobre o tema, o que facilitará a maturidade do grupo e o avanço na sintonia entre as lideranças.
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