Do IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, padre Jadson Borba, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Penha, coordenador da Ação Evangelizadora Missionária e do Projeto de Corpus Christi 2022, da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, deixa mensagem sobre a missão da Igreja na Amazônia.
Mãos crucificadas apontam para a Amazônia
"Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele" (1Cor 12,26).
O profeta Isaías disse "assumiu sobre si as nossas dores" (Is 53,4). O mesmo Cristo que aponta para Amazônia é o mesmo Cristo que sofre suas dores. O samaritano da humanidade é também o Samaritano da Amazônia. O Jesus de Nazaré, da Galileia, de Santarém, Jesus da Amazônia, continua a identificar-se com os perseguidos. A pergunta feita a Saulo, naquele caminho de Damasco, continua ecoar hoje nos rincões da Amazônia. "Saulo, Saulo... por que me persegues?" (At 9,4). A floresta é perseguida, os povos originários são perseguidos, os ribeirinhos são perseguidos, nossas crianças, jovens, mulheres, idosos são perseguidos. A perseguição tem como resultado final a morte.
Nosso povo, carinhosamente, diz que o Espírito Santo mora em nosso coração... Jesus morto na cruz tem o coração trespassado por uma lança. Esta lança continua ferindo o coração dos pobres, o coração da Amazônia, o coração de Cristo.
"... se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele..." (I Cor 12,26).
A Ressurreição do Senhor é o grande sinal que a perseguição não triunfa, que a morte não é vencedora. Não esqueçamos que as mãos que apontam para a missão, foram mãos crucificadas.
Pe. Jadson Borba e Silva Arquidiocese de São Luís do Maranhão / Nordeste V
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