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No 3ª dia de 59ªAG CNBB: DGAE, Bíblia, Nicarágua, missa presidida por dom Gilberto Pastana e mais...


(Imagem: TV Aparecida)

No terceiro dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB (59ª AG CNBB), os 296 bispos em exercício nas 278 circuncisões eclesiástias, e os 13 eméritos presentes, executaram uma agenda com temas que devem pautar ações determinantes para o ano de 2023, na Igreja do Brasil. Entre os bispos presentes estão os do Regional NE5, e dentre eles, o bispo emérito de nossa Arquidiocese de São Luís do Maranhão, dom José Belisário, e o arcebispo, dom Gilberto Pastana, que presidiu a missa de encerramento das atividades do dia, na Basílica de Aparecida, transmitida pela TV em cadeia nacional.



Desde o ano de 2019, os bispos do Brasil não se encontram presencialmente em AG. Neste ano, mesmo com o arrefecimento do quadro grave da pandemia, os prelados optaram por um modelo híbrido. De 25 a 29 de em abril, a 59ª AG CNBB aconteceu em modo remoto e agora presencial. O motivo se deu devido as viagens Ad Liminas pelos regionais, o que faria com que os bispos ficassem ausentes durante muito tempo do governo de suas dioceses.


Apesar das perdas do ano, e do "até a Pátria celeste" dado aos irmãos que fizeram sua Páscoa definitiva, em 2022 (lembrados na missa desta terça-feira, 30/08), o momento não poderia ser mais especial, uma vez que a alegria de celebrar os 70 anos da CNBB, soma-se a alegria do reencontro, o que fez com que até uma banda formada por talentos musicais episcopais animasse a noite.

(Imagem: CNBB)

A agenda, porém, é intensa! Inspirados pela "Igreja sinodal: comunhão, participação e missão", os prelados possuem nesta edição presencial quatro temas principais e 14 diversos, que deverão ser tratados em um total de oito sessões que ocorrem até o dia 02 de setembro.


Na pauta do dia, a agenda da terça-feira (30/08) dos bispos foi...


Além do tema central da Assembleia, "Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão", a 59ª AG CNBB discute ainda quatro temas principais e mais 14 temas diversos. A saber:1- A elaboração das próximas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que deverão ser consolidadas na 60ª AGCNBB, em 2023; 2- A atualização do Estatuto da CNBB; 3- O Ministério do Catequista; e 4- Estudo nº 114, que tem como tema "E a Palavra habitou entre nós" (Jo 1,14) - Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias.


Sobre os quatro temas principais


1- Estatuto da CNBB


A Comissão responsável pela alteração do Estatuto da CNBB, que deve ser votado nesta 59ª AG, foi apresentada nesta terça-feira (30). As alterações estão sendo pensadas levando em consideração os aspectos da sinodalidade, da missão, de eixos de formação integral, comunicação e diálogo com a sociedade. Similar ao que está sendo feito no texto das próximas Diretrizes Gerais de Evangelização da Igreja.


A CNBB completa 70 neste ano. Criada em 14 de outubro de 1952, portanto, dez anos antes do Concílio Vaticano II, trata-se da terceira conferência episcopal no mundo por Roma. A alteração visa tornar mais clara a tipologia, papel e organismos da CNBB, onde o regimento interno deve seguir estas alterações. O texto apresentado deve receber sugestões e finalizado, ainda nesta semana, para ser aprovado nesta Assembleia.


2- Documento de Estudos 114 da CNBB, intitulado “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14)


Dom José Antonio Peruzzo, presidente da Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-Catequética, apresentou na coletiva de imprensa desta terça-feira os aspectos que desejam ser valorizados no documento 114, que deve ser votado nesta Assembleia. Segundo o epíscopo, a proposta é revisitar o que tem sido feito de ação com a Palavra de Deus pela Igreja, tendo em vista os êxitos e as correções necessárias quanto às atividades pastorais com a Bíblia.


Ás vésperas do mês da Bíblia, este deve ser um bonito presente para os fiéis que se preparam para celebrar a Palavra de Deus.


3- Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE)


Coordenada por dom Leomar Antonio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS), a comissão o tema centra da AG, que trata das futuras Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), apresentou o processo das futuras DGAE.


Aproveitando o ambiente criado pelo processo de Escuta Sinodal, que tornou propício o caminho um processo de diagnóstico de situações enfrentadas dentro da Igreja, em 2023, será feito um caminho de "discernimento" sobre a avaliação do caminho pastoral. E em 2024, se faça a redação para as novas DGAE.


Neste processo, segundo dom Leomar em coletiva, deve-se: valorizar as comunidades eclesiais missionárias, com ênfase na missão e vivência da fé, além do trabalho de Iniciação à Vida Cristã (IVC). E ainda: os ministérios laicais reconhecidos e instituídos; o fortalecimento dos conselhos; a participação do povo de Deus em cooperação com os presbíteros; valorização da consciência missionária; amizade social e diálogos ecumênicos e inter-religioso.


A última DGAE 2019-2023, foi praticamente vivida na pandemia e teve seu percurso atravessado por nuances impossíveis de terem sido previstas. Trazia como objetivo central: evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude.


No final da AG CNBB, deve ser enviada uma "Mensagem ao povo de Deus", com orientações sobre os passos a seguir em 2023.


Entre os assuntos gerais...


1- Carta ao Papa Francisco


Os bispos da 59ª AG CNBB, encaminharam uma missiva ao Papa Francisco, situando-o sobre a Assembleia Geral que vivem por estes dias, e a novidade do retorno das reuniões offlines (presenciais). E atualizaram o Santo Padre sobre os acontecimentos importantes do ano, para a Igreja do Brasil: O 18º Congresso Eucarístico, a abertura do III Ano Vocacional, assim como a própria Assembleia Geral, e o critério de escolha para o formato de realização deste ano. Informando ao Santo Padre os temas que serão votados: a atualização do Estatuto da CNBB, que há três anos vem sendo discutido, a pesquisa sobre a "saúde integral do clero", as traduções das orações eucarísticas do missal Romano, o Ministério do catequista e o documento nº114, sobre Animação Bíblica.


Os bispos lembraram ainda, os 200 anos de Independência do Brasil, celebrados em meio ao clima de Eleições presidenciais no Brasil e não perderam a oportunidade de reforçar o amor e fidelidade ao Papa:


"Querido Papa Francisco, nós, bispos, manifestamos-lhe proximidade fraterna e apoio no exercício do seu ministério petrino, serviço exigente e indispensável à unidade e comunhão da Igreja Católica. Em que pesem os desafios, o seu testemunho segue luminoso e fecundo para vida da Igreja".

Leia a carta completa aqui


2- Oração pela Nicarágua


No dia 01 de setembro, a CNBB e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), promovem uma Jornada de Oração que tem como intenção a Missão pela Paz na Nicarágua.


A situação política de conflito no País tem se intensificado, e nos últimos meses o governo do presidente (há 29 anos no poder), ex-guerrilheiro e líder há 43 anos da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Daniel Ortega, tem realizado atos de perseguição religiosa contra a Igreja Católica, com fechamento de rádios, expulsão das religiosas Missionárias da Caridade, fundadas por Madre Teresa de Calcutá (obrigadas atravessar à pé a fronteira do País com a Costa Rica), e com o fato recente, prisão do bispo da Diocese de Matagalpa, dom Rolando José Álvarez (até este momento, sem paradeiro informado).


Dom Álvarez era mantido, desde o dia 04 de agosto, em prisão domiciliar, junto com seminaristas e leigos, sob vigilância de forças militares. No dia 20/08, dom Álvarez e o grupo foi levado por forças policiais e paramilitares, de Ortega, ainda sem paradeiro oficial informado.


A situação, portanto, é crítica, uma vez que a Igreja Católica tem sofrido atos persecutórios recorrentes por parte da ditadura nicaraguense, por denunciar atos que contrários aos diretos humanos praticados pelo atual Governo.

(Dia 04 de agosto, dom Álvarez/ Imagem: Diocese de Matagalpa)

A situação, portanto, é crítica, uma vez que a Igreja Católica tem sofrido atos persecutórios recorrentes por parte da ditadura nicaraguense, por denunciar atos que contrários aos diretos humanos praticados pelo atual Governo.


3- Jornada Mundial da Juventude 2023


Dom Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, esteve presente na AG CNN, para falar sobre este grande momento para a Igreja do mundo. O bispo está no Brasil com uma comitiva para animar, mobilizar e convidar os jovens para a a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023.


Realizada desde 1985, e idealizada pelo Papa São João Paulo II, logo no início de seu Pontificado, que acontece a cada 2 ou 3 anos, entre os meses de julho ou agosto (o Panamá foi uma exceção, devido fatores climáticos, 22 a 27 de janeiro), foi anunciada para o ano de 2022, para acontecer em Lisboa (Portugal). Com a pandemia, a JMJ foi adiada para o ano de 2023, quando se previa o arrefecimento da crise pandêmica.


Agora, os grupos brasileiros devem intensificar suas organizações para estarem presentes de 1 a 6 de agosto no encontro com o Papa Francisco.




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