top of page

Testemunho: Neusa Lara conta sobre sua decisão pela vida quando tudo justificava um não


No último dia 22 de setembro, os brasileiros favoráveis à vida se uniram em oração e ações sobre a votação do Supremo Tribunal Federal (STF), agendada para acontecer em modo remoto, sobre a Arguição de Descumprimento de Direito Fundamental (ADPF), nº 442, que buscava a legalização do assassinato de seres humanos até a 12ª semana de gestação.


A votação foi suspensa após pedido de destaque do Ministro Luís Roberto Barroso e deverá agora ser votada presencialmente, porém, segue ainda sem data prevista para votação.


DIversas instituições e representações pró-vida se manifestaram, incluindo a Frente Parlamentar Mista Contra o Aborto e em Defesa da Vida, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acompanha o caso desde o ano de 2017, período que foi proposto pela ministra do STF, Rosa Weber.


O caso levantou além da própria opinião dos brasileiros, que majoritariamente são contrários ao aborto e à favor da vida em qualquer circunstância, questões sobre a constitucionalidade das decisões que vêm sendo tomadas pelo STF que, sistematicamente, tem buscado meios de legislar no lugar dos parlamentares.


Entre os argumentos levantados pelos militantes pró-aborto, está a cor da pele e a classe social das mulheres. Eles argumentam que as mulheres que são negras e pobres, são submetidas ao risco da morte por terem que se submeter a um procedimento de aborto em uma clínica de maneira ilegal e portanto, segundo eles, insegura.


Estes grupos argumentam que o risco faz com que essas mulheres, também sofram uma espécie de tortura, quando são obrigadas a levar adiante uma gravidez não desejada e sozinhas, sem apoio.


Diante deste cenário, as redes sociais ficaram povoadas de manifestações pró-vida e muitas mulheres testemunharam situações em suas vidas, nas quais todas as circunstâncias apontavam para uma decisão favorável a se eliminar a vida na 12ª semana de gestação, porém, elas disseram SIM à vida e continuaram a gravidez.


A matogrossense Bárbara Reis, vice Miss Universo Brasil 2023, publicou em suas redes sociais seu SIM à vida e testemunhou ter sido gerada em um estupro. Bárbara disse que, mesmo com toda a dor e situaçao difícil, a mãe, contrariando todas as indicações ao aborto, seguiu com a gravidez.

(Bárbara Reis, em post no dia 22 de setembro, Instagram | Foto: Bárbara Reis)

Igual Bárbara Reis, outros se manifestaram nas redes sociais e deram bonitos testemunhos de vida. foi o caso da jornalista Fabíola Huguenin, esposa de Gustavo Huguenin, casal que representou o Brasil no 10º Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco, ocorrido em junho de 2022, falou ter sido fruto de uma gravidez não planejada.


(Gustavo e Fabíola Huguenin no 10º Encontro Mundial das Famílias | Foto: Arquivo Fabíola Huguenin)

Fabíola narrou a dificuldade enfrentada por sua mãe, que contrariando todas as motivações favoráveis para dar fim à gravidez, fugiu da clínica clandestina de aborto e decidiu dar á luz.


(Fabíola Huguenin com meses de vida | Foto: Arquivo pessoal Fabíola Huguenin)

A assessoria de comunicação da Arquidiocese de São Luís do Maranhão entrevistou Neusa Lara, que decidiu dar seu testemunho no intuito de salvar vidas de nascituros. E ajudar outras mulheres a não praticarem este grande mal.


Neusa Mussi Lara - Neusa Lara - tem 58 anos, é radialista e mora em Balneário Rincão (SC).


Site - Fabíola Huguenin, sua filha, deu testemunho recente em sua rede social sobre ter sido uma sobrevivente de um aborto. O que aconteceu no período em que ficou grávida de Fabíola, qual o contexto familiar?


Neusa Lara - Sou natural de São Valentim (RS). Conheci com 15 anos um homem casado, fui estudar na cidade grande aonde ele morava. Meus pais ainda hoje são agricultores, sou de família humilde. Aos 19 anos descobri que estava grávida ainda terminando o ensino médio.


Site - Como surgiu a ideia do aborto? Foste motivada por alguém da família ou pelo pai da criança?

Neusa Lara - Procurei ele mostrei o resultado de gravidez. Ele, bem calmo, disse-me que ia ficar tudo bem e que ia me ajudar.


Site - Pode contar como aconteceu o dia de sua ida para a clínica e como você decidiu não abortar? O que te levou a ser corajosa neste dia?


Neusa Lara - Ele marcou médico pra mim no oitavo andar de um edifício no centro da cidade, era pra eu estar lá às 14h40. Fui ao consultório na hora marcada, muito feliz, pois achava que ia começar meu pré-Natal. O médico me examinou, olhou meu exame e me perguntou se eu tinha problemas de saúde. Falei que não.


Foi quando falou para eu me internar no outro dia, às 17h. Perguntei "Por que?". Ele falou que o pai da criança queria que eu tirasse e que eu teria que me interna e dormir lá uma noite.


Site - O que você enfrentou depois de ter saído da clínica?


Neusa Lara - Minhas pernas tremeram, não estava entendendo nada. Comecei a chorar, desci as escadas apavorada com a mão na barriga e pensando "Não vou matar minha filha (no meu íntimo já achava que era uma menina).


Saí na rua, ele estava dentro do carro, fiz de conta que não vi ele, estava desesperada, fui pra casa de uma tia que é da Assembleia de Deus, contei pra ela e na mesma tarde fugi da cidade para outro estado, com medo que ele me obrigasse a matar minha filha.


Fui trabalhar de empregada doméstica em troca de casa e comida. Conheci alguém, casei e ele registrou ela como filha.


Site - Qual sua mensagem para as mães que neste momento passam por esta situação e têm sido assediadas ou mesmo tentadas a pensar no aborto como uma solução?


Neusa Lara - Nenhum motivo existe, nem dinheiro, trabalho ou censura da família pode fazer você matar um filho se você acredita em Deus e tem caráter. Nenhum pensamento sobre aborto pode fazer você matar seu filho.


Não vai ser fácil, mas só você olhar para sua filha como eu hoje olho e vejo ela trabalhando e evangelizando o mundo inteiro, não existe felicidade melhor do que a que eu tenho hoje.


Uma filha nunca vai atrapalhar a vida de uma mãe, vai ensinar o verdadeiro amor.


Site - E qual a tua mensagem para as pessoas que, indiferentes a todo o tormento e a gravidade que é tirar a vida de um inocente, seguem incentivando o aborto no Brasil?


Neusa Lara - Deus te deu a tua vida. Deus é o único quem pode tirar. Se você está vivo por que tem que matar quem ainda nem viveu? Além de ser crime sem direito à defesa.


Site - Neusa, você é radialista também e pelo fato do aborto ser um tema tão controverso, muitos ficam com medo de se manifestar publicamente ou mesmo consideram que não é uma solução, que poderia causar brigas e não resolver o problema ou mesmo ajudar a resolver. Qual a sua opinião sobre isso e o que sugere ao cidadão comum que possa fazer para ajudar no combate ao genocídio que é o aborto no mundo?


Neusa Lara - Falar muito sobre aborto. Compartilhar histórias. Se informar e não ter medo de defender o bem maior que é a vida que Deus te deu. Amar seu corpo e se amar.


(Fabíola Huguenin e Neusa Lara | Foto: Arquivo pessoal de Neusa Lara)

Na rede social de Fabíola Huguenin é possível ler o relato como filha, que sobrevivendo a um aborto, agradece à mãe pela atitude corajosa de lhe dar à vida. Leia, abaixo, o relato de Fabíola.





コメント


bottom of page